30/01/2015

Soneto XXXIII - William Shakespeare





Já vi muitas manhãs gloriosas cobrirem
Os cumes das montanhas com o olhar soberano,
Beijando com a tez dourada o verde dos campos,
Colorindo pálidos córregos com a divina alquimia,
Não permitindo que as nuvens baixas vaguem
Com aspecto horrendo sobre a face celestial,
E do mundo distante esconder sua visagem,
Fugindo, despercebido, para o Oeste em desgraça.
Mesmo assim, meu sol brilhou cedo, um dia,
Em todo o seu esplendor triunfante sobre o cenho;
Porém, ó dor, ele apenas foi meu por uma hora –
As brumas encobriram-no totalmente agora.
Embora ele, por isso, desdenhe o meu amor;
Os sóis do mundo manterão a sua mácula.
William Shakespeare

3 comentários:

  1. Sempre muito bom, revisitar o Bardo Inglês, seja nos seus dramas ou poesias.. Lindos: soneto e imagem!
    Beijo, Maria...

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  2. Belo poema do William Shakespeare. A natureza é a grande inspiração dos poetas.
    Imagem fantástica.
    Deixo um beijo Maria!
    Excelente final de semana!

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“Aqueles que passam por nós, não vão sós, não nos deixam sós. Deixam um pouco de si, levam um pouco de nós” (Antoine de Saint-Exupery).

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