26/08/2017

Metamorfose





As borboletas são as flores
que, enfim, conseguiram voar,
mas vivem a rondar as plantas
como quem ronda o antigo lar;


há sempre, pelo ar, um jardim
de rosa múltipla e jasmim,


e há, talvez, a vontade enorme
em tudo de perder seu peso,
ter a leveza de quem dorme,


ser a lembrança no abandono,
ou luz de estrela se apagando.


Alberto da Cunha Melo, In “Dois caminhos e uma oração”


2 comentários:

  1. Delicado poema. o anseio da leveza e suavidade da vida. Abraços.

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  2. Olá, querida Maria!
    Ter a leveza de quem dorme... lindo!
    Seja feliz e abençoada!
    Bjm de paz e bem

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“Aqueles que passam por nós, não vão sós, não nos deixam sós. Deixam um pouco de si, levam um pouco de nós” (Antoine de Saint-Exupery).

Obrigado pela sua visita e pelo carinho que demonstrou, ao dispensar um pouco do seu tempo, deixando aqui no meu humilde cantinho, um pouco de si através da sua mensagem.

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