02/02/2014

Música - Poema de Saúl Dias


A doce, iriada melodia,
roxa sombra na tarde escarlate,
chorosa, ouço-a; bate
e verte quentura na minha alma fria.

Quantos anos galgaram lépidos,
furtivos, maldosos, sobre a minha cabeça!
E não há tempo que, húmido, arrefeça
a toada suave de tons tépidos...

Remédio para as minhas feridas,
para os nervos pacífico brometo,
quando eu seguir no caixão preto,
entre velas e ladainhas,

meus ouvidos tapados a algodão
hão-de ouvi-la, tal como nessa tarde,
tão discreta, suave e sem alarde,
sobrepondo-se ao cantochão...

Saúl Dias

5 comentários:

  1. Olá querida, peço desculpas da minha demora, e ai como está mãezinha. Mesmo afastada daqui não me esqueci não e estou em oração por vocês. Lino poema que escolhestes para postar. Que sua noite seja abençoada beijinhos para ti e mãezinha também viu.

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  2. Oi Maria querida, que música linda, adorei a decoração do post também, ficou tudo muito lindo!
    Amiga, espero que sua mãe esteja melhor, desejos muita saúde para ela e que ela melhore logo! Confie em Deus e terá a vitória!
    Beijos e boa semana

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  3. Querida amiga:
    O poema é lindo e emociona.
    Desejo-lhe uma semana de muita esperança e paz,
    beijinhos Léah

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  4. Olá! belo e triste!!
    espero q sua mãe estejas bem! bjss

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“Aqueles que passam por nós, não vão sós, não nos deixam sós. Deixam um pouco de si, levam um pouco de nós” (Antoine de Saint-Exupery).

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